Em 1560, o quinto Duque de
Bragança, D. Teodósio I, obteve do Papa Pio IV a autorização (breve de 15 de
Junho) para a abertura de uma “Universidade de Estudos Gerais”, no Convento dos
Agostinhos de Vila Viçosa (o mais antigo espaço conventual da localidade, mesmo
em frente do Paço Ducal).
A livraria de D. Teodósio, que
era um notável bibliófilo, era composta por um grande conjunto de obras, que
iriam servir de base científica para criação da Universidade. Para além dos
livros, existiam também instrumentos matemáticos e astronómicos. Terá sido inclusivamente criado no Paço um observatório astronómico durante o século XVI. Nesse sentido, verificava-se
em Vila Viçosa uma dinâmica ao nível do ensino literário e científico, que já
havia começado com D. Jaime.
Os mestres da Universidade seriam os próprios
religiosos e o Reitor seria o prior. Foram iniciadas inclusive as obras de
adaptação no Convento, a expensas do D. Teodósio.
O projeto não avançou, devido à
morte do Duque, ocorrida em 1563.
O sexto Duque de Bragança, D.
João I, cumprindo parte da vontade do seu pai, acabou por dar início a duas
classes públicas de Gramática, Latim e Grego, precisamente no Convento dos
Agostinhos.
FONTE BIBLIOGRÁFICA:
TEIXEIRA, José, O Paço Ducal de
Vila Viçosa, sua Arquitetura e suas Coleções, Fundação da Casa de Bragança, 1983.
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