segunda-feira, 19 de abril de 2021

CALLIPOLE SUBTERRÂNEA – QUINTA DA VASSOURA

 

Nas “andanças”, procurando estruturas subterrâneas de água em Vila Viçosa, as pesquisas levaram-me hoje até à Quinta da Vassoura, situada no caminho para São Romão. Foi aí que encontramos o Sr. Manuel Félix (85 anos), que nos contou um pouco da história deste local:

Água é vida! E por haver em abundância em Vila Viçosa, é que os antigos aqui se instalaram, há séculos!”

Na Quinta da Vassoura existe uma contramina com uma nascente, cuja construção é de data incerta (séculos XVI/XVII?). A base do outeiro foi escavada, com perfuração do xisto, até à zona da nascente:

Os mais velhos que aqui viviam e que ainda conheci na minha infância, sempre falaram nesta nascente aqui!

Seja verão ou inverno, a água brota das entranhas da terra, circulando outrora por um engenhoso sistema detalhado pelo Sr. Manuel Félix, que a conduzia até à zona da horta, com recurso à lei da gravidade.

São tantas as histórias que ficamos de voltar a conversar!


                           Zona interior da contramina, onde se encontra a nascente de água



               Sr. Manuel Félix (85 anos) , explicando o engenhoso sistema de circulação de água



                                                         Contramina - zona exterior



                                                       Contramina, no período de verão



                                                         Zona interior da contramina




Ponte de alvenaria, junto da contramina

quarta-feira, 14 de abril de 2021

PEDAÇOS DA HISTÓRIA DE VILA VIÇOSA

 

Final do século XIX

 

Ao fundo, ao centro, o antigo Largo da Saboaria (actual Largo Mariano Prezado). As feiras em Vila Viçosa realizavam-se neste local, no prolongamento do terreiro de Santo Agostinho, desde o século XVI até meados do século XIX.

 

Era aqui que estava localizada a fábrica de sabão da vila.

 

Do lado direito, o Paço dos Caminhas, alcaides-mores de Vila Viçosa, edifício que pertence atualmente à Fundação da Casa de Bragança.

 

No primeiro plano, do lado esquerdo, o Mosteiro de Santo Agostinho (século XIII) , que foi utilizado depois da extinção das Ordens Religiosas em 1834 como aquartelamento militar, tendo acolhido os Caçadores 6 (1844), Regimento de Cavalaria 3 (1848), Escola Prática de cavalaria em 1890 e Regimento de Infantaria 16, entre 1937 e 1939.

 

Logo depois, a Igreja de Nossa Senhora da Graça, Panteão dos Duques de Bragança.

 

Na imagem, os soldados estão à conversa com o povo, por entre as vacas, as mulas e os porcos. A fotografia foi registada a partir da célebre “Janela de Lisboa”, na continuação do Jardim do Bosque.


©Arquivo Municipal de Lisboa - PT-AMLSB-CMLSBAH-PCSP-004-NEG-001036






 

domingo, 11 de abril de 2021

Vila Viçosa de outras eras...

 

Vila Viçosa, final do século XIX

Quando os borregos que sobreviveram à Páscoa ainda pastavam no Terreiro do Paço…

© Arquivo Municipal de Lisboa - PT-AMLSB-CMLSBAH-PCSP-004-NEG-000819




quarta-feira, 7 de abril de 2021

CALLIPOLE SUBTERRÂNEA

 CALLIPOLE SUBTERRÂNEA

Continuamos a efetuar a identificação de estruturas hidráulicas subterrâneas em Vila Viçosa e nas suas imediações.
Recentemente e graças à ação dos proprietários, foi possível efetuar a limpeza da envolvente e registar uma interessante cisterna, que faz parte de um circuito de condução de águas para aproveitamento agrícola, com vários hidropontos dispersos numa vasta área, o que nos leva a colocar a hipótese de existirem um ou mais aquedutos subterrâneos. Curiosamente, esta estrutura encontra-se na proximidade de uma outra cisterna que já tínhamos identificado em 2019. A primeira, no entanto, encontrava-se nessa data completamente envolta em vegetação, permanecendo até agora quase desconhecida.
O que nos parece evidente é que existiam engenhosos sistemas de captação e condução de águas, com algumas semelhanças construtivas entre si, não somente no centro histórico de Vila Viçosa, mas também em várias propriedades e quintas das proximidades, que permitiam o aproveitamento e armazenamento de água para fins agrícolas e de consumo.
Por uma questão de segurança e sigilo, não identifico a localização e os atuais proprietários, a quem agradeço, ficando essa informação apenas disponível no âmbito deste estudo que continuamos a desenvolver.

                                                     Estrutura de superfície da cisterna



                             Parte interior da cisterna, com uma estrutura de abóbada em tijoleira


                                     Parte interior da cisterna, com várias condutas de água


                                                           Estrutura interior da cisterna


                                Hidroponto localizado a cerca de 500 metros da cisterna anterior



                               Parte interior do hidroponto localizado a 500 metros da cisterna