Comemoram-se
hoje 100 anos sobre a Batalha de la Lys, acontecimento trágico da história
europeia, ocorrida no decurso da I Grande Guerra Mundial.
Vila
Viçosa também teve filhos seus nesse episódio militar de dia 9
de Abril de 1918.
ALEXANDRE DE JESUS CABEÇAS foi Alferes
miliciano do Corpo Expedicionário Português[1].
Nasceu em
Vila Viçosa no final do século XIX. Era filho de Manuel do Nascimento Cabeças e
de Ana Bárbara de Brito. Partiu para França solteiro, não tendo deixado
descendência.
Embarcou
em Lisboa no dia 12 de Novembro de 1917 para participar na I Grande Guerra
Mundial, integrado no referido Corpo Expedicionário Português. No dia 21 de
Novembro de 2017 estava integrado na reserva do Batalhão nº 29.
No dia 16
de Dezembro de 1917, frequentou o curso sanitário do referido corpo militar.
Faleceu
na Flandres, na primeira linha da Batalha de La Lys[2],
integrado no Batalhão de Infantaria 29, no dia 9 de Abril de 1918, em virtude
dos ferimentos sofridos. Ignora-se o local onde foi sepultado, na medida em que
o seu corpo ficou na posse das tropas alemãs.
Existe em Vila Viçosa uma rua com o seu nome, que faz a
ligação entre a Rua Dr. Couto Jardim e a Rua Florbela Espanca.
As pesquisas sobre Alexandre Cabeças foram efetuadas no âmbito do trabalho de investigação sobre os "Notáveis Calipolenses", obra publicada em 2016. A fotografia foi gentilmente
disponibilizada pelo Arquivo Histórico Militar – Direção de História e Cultura
Militar. Um outro calipolense, Bonfilho Faria, participou na batalha, tendo ficado prisioneiro das tropas alemãs. Estamos a ultimar a investigação sobre a sua vida.
[1]
O Corpo Expedicionário Português foi a principal força militar
que Portugal, durante a 1ª Guerra
Mundial, enviou para França, com a finalidade de, através da sua participação ativa no esforço de
guerra contra a Alemanha que também ameaçava os seus
territórios ultramarinos, conseguir apoios dos seus aliados e evitar a perda
daqueles territórios.
[2]
A Batalha
de La Lys deu-se a 9 de Abril de 1918, no vale da ribeira de La Lys, sector de Ypres, na região da Flandres, na Bélgica. Nesta
batalha, que marcou negativamente a participação de Portugal na Primeira
Guerra Mundial, os exércitos alemães infligiram uma pesada
derrota às tropas portuguesas,
constituindo o maior desastre militar português depois da batalha de Alcácer-Quibir, em 1578.
Creio que o Dr. João Figueiredo, antigo conservador do Palácio Ducal, foi também aprisionado pelos alemães,
ResponderEliminarNão tinha conhecimento! Apenas a referência em relação a Bonfilho faria, cuja biografia estou neste momento a estudar! Obrigado
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