Lugar de referência na freguesia
de São Romão, foi uma fortificação militar de grande importância geoestratégica
no âmbito da Guerra da Restauração. A proximidade com o Rio Guadiana, com
Espanha e a importância agrícola e populacional, tornaram o Forte do Conde num
ponto da resistência portuguesa no âmbito deste conflito do século XVII.
A sua história liga-se com o
Oriente, através da figura de D. Francisco Lobo, capitão-mor da esquadra do
Vice-Rei da Índia, D. Francisco da Gama (bisneto de Vasco da Gama, 4º Conde da
Vidigueira e que cumpriu, pela segunda vez, a função de Vice-Rei entre 1622 e
1628). A Sé de Goa cruzou-se com o legado do Forte do Conde, num cenário de
refregas com árabes e hindus pelos mares distantes do Índico. A fundação da
Capela de Nossa Senhora dos Remédios no Forte do Conde, foi o resultado, anos
mais tarde, dessa curiosa e improvável relação.
No século XVIII, no reinado de D.
João V, passou para a posse de Gomes Freire de Andrade, 1º Conde da Bobadela,
Governador e Capitão-General do Brasil.
Extraordinariamente conservado
nos nossos dias, o Forte do Conde preserva essa memória histórica, testemunho
vivo de um passado distante, mas sempre presente!
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