Um dos mais sumptuosos e
emblemáticos edifícios de Vila Viçosa, foi cabeça de um importante morgado,
instituído em 1596 por D. Afonso de Lucena. Mais tarde, foi residência do irmão
de D. João IV, o infante D. Duarte, em 1633. Este local estava totalmente
murado e possuía horta, pomar, vinha, olival, assim como terras de semeadura. O
edifício principal foi reabilitado em 1936/37.
A nora do século XVII tem um
maior interesse artístico, devido ao aqueduto parcialmente reconstruído, que
subsiste com as suas arcadas redondas de alvenaria e que conduzia a água para a
cozinha do solar, através de alcatruzes de cobre. Estes eram movidos por um
animal de tração. Trata-se de uma construção de vulto, erguida no antigo pomar,
lançada em planta quadrangular e rasgada internamente por cinco tramos de
arcadas de volta plena, de grande dimensão.
No interior da nora, encontramos
a cisterna, com nascente própria, que era utilizada para o abastecimento do
edifício. Existe uma segunda cisterna na horta, (a cerca da 50 metros da
principal) que era utilizada para os trabalhos agrícolas. Ambas estão quase no
limite em termos de capacidade de armazenamento de água.
FONTE
BIBLIOGRÁFICA
ESPANCA, Túlio — Inventário
Artístico de Portugal. IX. Distrito de Évora. Lisboa: Academia Nacional de
Belas-Artes, 1978.
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